Maior parte das cerca de 100 mil pessoas ouvidas pelo Ministério da Saúde até 02 de janeiro é contra a prescrição médica da vacina anticovid para crianças de 5 a 11 anos.
Os dados foram confirmados pela secretária extraordinária de Enfrentamento à Covid-19 do ministério, Rosana Leite de Melo, em audiência pública na terça-feira.
Segundo a secretária, a maioria dos respondentes se disse a favor da não obrigatoriedade da imunização.
Também defendeu que sejam priorizadas aquelas com alguma doença pré-existente.
A consulta não deixava a opção aos respondentes apenas de concordar ou discordar da aplicação das doses.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) não participou da reunião, mas já havia recomendado a vacinação para essa faixa etária.
Sociedades científicas e representantes de classes médicas defenderam a vacinação, enquanto o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, se manteve na posição de exigência da receita médica antes de aplicar o imunizante.
O infectologista pediátrico Marco Aurélio Sáfadi, da Sociedade Brasileira de Pediatria, lembrou que o objetivo da vacinação é prevenir hospitalizações e complicações da doença.
Lembrou também que a vacina reduz a transmissão mas mesmo assim, a pessoa pode se infectar pelo vírus. A diferença é que imunizada, o quadro tende a ser mais leve.
Quanto aos efeitos adversos, Sáfadi destacou que podem ser ainda mais graves quando provocados pela própria covid-19, como é o caso da miocardite.
Fonte: Radio 2.