Testes de DNA substituem os exames de papanicolau para rastreamento do HPV, vírus que provoca o câncer do colo do útero.
O método é utilizado na cidade de Indaiatuba, no interior paulista, em parceria entre a Universidade Estadual de Campinas, a farmacêutica Roche e a prefeitura local.
A técnica permite adiantar em 10 anos o diagnóstico da doença grave, de acordo com especialistas.
Já aprovado no Brasil e em alguns países, como Estados Unidos, Austrália, Inglaterra e Suécia, o exame por DNA pode vir a ser implantado na rede do Sistema Único de Saúde.
O chamado DNA-HPV é aplicado na cidade paulista desde 2017 e o resultado foi publicado na revista científica The Lancet.
Os pesquisadores da Unicamp são responsáveis pelo programa e pela análise das amostras.
O laboratório forneceu insumos, máquinas para processamento do material e desenvolveu o software ligado ao sistema público de saúde, que emite alerta aos médicos quando sai o resultado do exame.
Mulheres que recebem diagnóstico negativo podem repetir o teste em cinco anos.
Já as que têm resultado positivo são acompanhadas até receberem alta.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde, mais de 604 mil mulheres no mundo foram diagnosticadas com esse tipo de câncer em 2020.
Fonte: Radio 2.