Os miniolhos 3D, conhecidos como organoides, foram cultivados a partir de células-tronco de amostras de pele doadas por pacientes de um hospital. Em um olho saudável, os bastonetes (células que detectam a luz) estão dispostos na retina. No estudo, publicado no periódico científico Stem Cell Reports1, os pesquisadores descobriram que poderiam fazer com que os bastonetes se organizassem em camadas que imitassem sua organização na retina, produzindo um miniolho.
Os miniolhos 3D, conhecidos como organoides, foram cultivados a partir de células-tronco de amostras de pele doadas por pacientes de um hospital. Em um olho saudável, os bastonetes (células que detectam a luz) estão dispostos na retina. No estudo, publicado no periódico científico Stem Cell Reports1, os pesquisadores descobriram que poderiam fazer com que os bastonetes se organizassem em camadas que imitassem sua organização na retina, produzindo um miniolho.
A síndrome de Usher é a causa genética mais comum de surdez e cegueira combinadas, afetando aproximadamente três a dez em cada 100 mil pessoas em todo o mundo. As crianças portadoras da síndrome geralmente nascem profundamente surdas, enquanto sua visão se deteriora lentamente até ficarem cegas na idade adulta. Embora implantes cocleares possam ajudar na perda auditiva, atualmente não há tratamentos para a retinite pigmentosa, que causa perda de visão na síndrome de Usher.
Os pesquisadores acreditam que os miniolhos poderão ajudar a identificar tratamentos, sendo usados para testar diferentes medicamentos. No futuro, poderá ser possível editar o DNA de um paciente nas células específicas de seus olhos para evitar a cegueira causada pela doença. "Esperamos que esses modelos possam nos ajudar a um dia desenvolver tratamentos que possam salvar a visão de crianças e jovens com síndrome de Usher", disse Jane Sowden, Professora de Biologia e Genética do Desenvolvimento na University College London e uma das autoras do estudo.
Fonte: History Channel Brasil.