Siglas, termos técnicos e nomes provenientes de outros idiomas. É comum que quem se interessa por ciência, saúde e medicina se depare com muitas expressões que fogem do vocabulário do dia a dia. O RNA é um desses casos. Mas a explicação por trás do termo pode ser facilmente compreeendida.
A sigla RNA vem do inglês ribonucleic acid, ou ácido ribonucleico, em português. Trata-se, segundo a Enciclopedia Britannica (serviço de dados voltado para a educação do Reino Unido), de uma molécula que atua na síntese (produção) de proteínas a partir das informações do DNA.
O RNA é formado por uma sequência de unidades menores chamada de nucleotídeos. Esses nucleotídeos são compostos por três partes principais: um açúcar, um grupo fosfato (ácido fosfórico) e uma base nitrogenada (de quatro tipos: adenina, citosina, guanina e uracila)
Segundo a Britannica, há vários tipos de RNA, sendo que os mais conhecidos e estudados pela ciência são:
O RNA tem sido amplamente estudado pela ciência e, de acordo com a Britannica, já foram descobertas conexões com doenças que afetam os humanos.
“Alguns miRNAs (pequenas moléculas de RNA) podem regular genes associados ao câncer de forma a facilitar o desenvolvimento de tumores. Além disso, a desregulação do metabolismo do miRNA tem sido associada a várias doenças neurodegenerativas, inclusive Alzheimer”, explica a plataforma.
Na produção de vacinas, existe também o que se chama de “tecnologia do RNA mensageiro”. Um exemplo recente foi o de imunizantes contra a Covid-19 com base nessa tecnologia.
“O imunizante da farmacêutica Pfizer em parceria com o laboratório BioNTech se baseia na tecnologia de RNA mensageiro, ou mRNA. O RNA mensageiro sintético dá as instruções ao organismo para a produção de proteínas encontradas na superfície do novo coronavírus, que estimulam a resposta do sistema imune”, explica a página do Instituto Butantan, considerado o maior produtor de vacinas da América Latina e referência na área de pesquisa e saúde.