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Um mamífero felino com manchas pretas no pescoço, no corpo e nos membros percorre as matas e florestas tropicais da América Latina com sua bela figura imponente. Essa é a onça-pintada (Panthera onca), considerada o maior felino das Américas, segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza (Iucn).
Esse mamífero carnívoro também se destaca por ser o único representante do gênero Panthera no continente. O gênero Panthera também inclui o tigre, o leopardo, o leopardo-das-neves e o leão.
Embora seja um animal robusto, seu tamanho não o impediu de enfrentar a extinção. No Dia Internacional da Onça-Pintada, celebrado sempre em 29 de novembro, veja o que você precisa saber sobre o felino e seu status de conservação.
As onças-pintadas podem viver de 11 e 12 anos na natureza. Já em cativeiro, elas chegam a viver até 20 anos, como informa o Animal Diversity Web.
O tamanho do corpo da onça-pintada varia entre 1,50 e 1,80 metros de comprimento, com uma cauda de 70 a 90 centímetros. E sua altura pode chegar a 75 centímetros. Já em relação ao peso, esse animal varia de 68 a 136 quilos, de acordo com o Animal Diversity Web (banco de dados sobre história natural, classificação e biologia da conservação de animais da Universidade de Michigan, Estados Unidos).
A Iucn descreve a onça-pintada como um animal forte e “atarracado”, de corpo pesado e musculoso, com membros curtos e maciços. Ela também tem uma mordida poderosa, superior até mesmo à de outros grandes felinos, graças aos seus caninos robustos e à cabeça grande.
A cor de seus pelos varia de amarelo-claro a marrom-avermelhado, a barriga é branca e elas têm manchas pretas características no pescoço, no corpo e nos membros.
Um fato curioso sobre seu tamanho é que os indivíduos que vivem mais longe da Linha do Equador tendem a ser maiores, provavelmente devido à variação na disponibilidade de presas em diferentes habitats, de acordo com a explicação da União Internacional.
O ADW acrescenta que as maiores onças-pintadas são encontradas no Pantanal do Brasil. Os machos pesando 100 quilos e as fêmeas pesando aproximadamente 76 quilos podem ser encontrados no bioma brasileiro. Por outro lado, os menores exemplares são encontrados em Honduras, onde os machos pesam em média 57 kg e as fêmeas 42 kg.
Como visto na foto acima, as onças-pintadas têm corpos esguios e membros musculosos. A cor de sua pelagem varia de amarelo-claro a marrom-avermelhado, a barriga é branca e elas têm manchas pretas características no pescoço, no corpo e nos membros
O maior felino das Américas, a onça-pintada é encontrada desde o sul do estado do Arizona e do Novo México (nos Estados Unidos) em direção ao sul do continente até o norte da Argentina e o centro-oeste do Brasil, descreve o Animal Diversity Web.
A maior distribuição contígua do animal está concentrada na bacia amazônica e inclui partes das áreas dos biomas brasileiros Cerrado e Pantanal e também no Chaco (a continuação do Pantanal nos territórios da Bolívia, Argentina e Paraguai). Essa área se estende para o norte e leste até a costa caribenha da Venezuela e da Guiana, explica a ADW.
O banco de dados da Universidade de Michigan observa que: “as onças-pintadas cobrem atualmente uma área de aproximadamente 8,75 milhões de Km², ou 46% de sua área histórica” nas Américas.
Os habitats escolhidos pela onça-pintada devem atender a três requisitos para manter populações saudáveis: suprimento de água, cobertura florestal densa e presas suficientes para se alimentarem, diz a Iucn.
No entanto, a onça-pintada é encontrada em uma variedade de habitats, desde florestas tropicais até áreas pantanosas sazonalmente inundadas (como no Pantanal), pastagens de pampas, arbustos de espinhos e florestas decíduas secas.
A Iucn classifica atualmente a onça-pintada como “quase ameaçado” de extinção devido ao declínio da população nas últimas gerações. Entretanto, reconhece a Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da Iucn, que há dificuldade em avaliar essa espécie, de modo que a análise do declínio populacional “pode ser uma subestimativa significativa”.
Portanto, um mapa de alcance mais robusto disponível a partir da próxima avaliação poderia levar a espécie a ser classificada como vulnerável em um futuro próximo, admite a União Internacional.
“A conectividade entre as populações de onças-pintadas está sendo perdida em escalas locais e regionais, populações isoladas têm menos indivíduos e são mais propensas a extinções locais”, alerta a agência internacional.
A perda e a fragmentação do habitat, bem como a matança para a obtenção de troféus, o comércio ilegal ou a retaliação pela morte de animais domésticos, estão entre as principais ameaças à conservação da onça-pintada.
