A informação acaba de ser revelada pela primeira vez em um livro chamado Britain's Secret Defences: Civilian Saboteurs, Spies and Assassins ("Defesas Secretas da Grã-Bretanha: Sabotadores Civis, Espiões e Assassinos", em tradução livre), escrito pelo historiador Andrew Chatterton. De acordo com a obra, a unidade era composta por adolescentes, incluindo muitas garotas. Esses jovens foram treinados para o caso de as forças de Hitler algum dia invadirem a Grã-Bretanha.
Muito pouco se sabia sobre essa força de resistência até agora, pois a Grã-Bretanha nunca foi invadida e todos os jovens tiveram que assinar o Ato de Segredos Oficiais ao ingressar na unidade. Segundo o novo livro, os adolescentes receberam treinamento para fazer coquetéis molotov, descarrilar trens, além de aprenderem técnicas de combate desarmado e autodefesa. Entre os recrutados estava Irene Lockley, que revelou a sua filha Jenny antes de morrer que ela tinha sido treinada para "matar, mutilar e causar o máximo de prejuízo possível ao inimigo".
"Deve ter havido centenas, senão milhares desses garotos inscritos (no projeto). Então, caso os alemães tivessem invadido, esse pessoal teria feito tudo o que pudesse para sabotar a ocupação", disse Chatterton em entrevista ao Daily Mail. "Na verdade, havia camadas inteiras de defesa civil a postos para o caso de uma invasão alemã", completou.