Por sua localização, o Golfo do México possui uma importância determinante para o clima, o meio ambiente e a atividade econômica das Américas, em especial da América do Norte.
Esta “região de mar semi-fechado”, como define um artigo do governo mexicano, também é considerada a maior bacia hidrográfica protegida do Oceano Atlântico, e circundada por pântanos, praias arenosas, áreas de mangues e bacias, indica a a Encyclopedia Britannica (plataforma de conhecimento do Reino Unido).
O Golfo do México sempre chamou a atenção por suas riquezas naturais e minerais, como o petróleo, por exemplo, explorado em suas águas. Conheça mais sobre esta e outras curiosidades de uma parte tão peculiar do globo.
A impressionante imagem de satélite do furacão Katrina, que surgiu no Golfo do México e deixou um rastro de destruição em agosto de 2005 por causa de sua potência.
É neste golfo que se encontram os requisitos meteorológicos e oceanográficos mais propícios para a ocorrência de um temido fenômeno natural: o furacão.
A chamada “temporada de furacões”, que acontece de 1º de junho a 30 de novembro na região, como indica a Britannica, faz com que esses eventos alcancem Estados Unidos, México e países da América Central e do Caribe, em intensidades variadas. Muitos deles, no entanto, têm potencial de se tornarem perigosos e destruidores, como aconteceu em 2024 com o Furacão Milton.
Surgido no Golfo do México, o Milton chamou atenção por ter se intensificado muito rapidamente – alcançando o nível 5 na Escala Saffir-Simpson, o mais alto na categorização dos furacões, como explicou a Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos Estados Unidos (da sigla NOAA) na época.
Outro conhecido furacão que se originou neste golfo foi o Katrina, em 2005, responsável por uma destruição quase precedentes na cidade de Nova Orleans, nos Estados Unidos, onde deixou cerca de 1800 mortos, afirma a plataforma britânica.
O biólogo de vida selvagem Joe Guthrie rema em Crawford Creek, no delta do rio Chassahowitzka, onde a Costa Natural da Flórida encontra o Golfo do México.
Os números relacionados a esta parte das Américas costumam ser majestosos. Em sua parte mais profunda, que fica na Bacia do México, ele pode chegar a 5.203 metros abaixo da superfície do mar, indica a Britannica.
Ao todo, o Golfo do México tem o tamanho de 1,6 milhão de km² e está conectado ao Oceano Atlântico através do Estreito da Flórida, nos Estados Unidos, e ao Mar do Caribe pelo Canal de Yucatán, no México, ele também alcança a ilha de Cuba em sua parte mais ao sul, como detalha a Britannica.
Ele alcança os estados norte-americanos da Flórida, Alabama, Mississippi, Louisiana e Texas; as províncias cubanas de Pinar del Rio e Artemisa; e os estados mexicanos de Tamaulipas, Veracruz, Tabasco, Campeche e Yucatán.
As plataformas de petróleo e gás natural, como esta localizada na parte do Golfo do México próxima ao estado da Louisiana, também fornecem habitat de recife para os peixes em suas estruturas debaixo d'água.
Antes da chegada dos europeus ao continente americano, a região da Costa do Golfo era habitada por dezenas de grupos de povos originários locais com política e culturas distintas, detalha a Britannica.
“Depois que [o navegador espanhol] Cristóvão Colombo fez o primeiro contato, em 1492, ondas de exploradores espanhóis entraram no golfo e penetraram no interior da América do Norte”, explica a plataforma.
Justamente por conta dessa presença espanhola, desde o final do século 16 a região é chamada de Golfo do México. “Outros nomes, incluindo o ‘Golfo da Nova Espanha’ e o ‘Mar da Flórida’, apareceram em mapas e publicações nos séculos seguintes”, continua a fonte.
No entanto, organizações contemporâneas de padronização geográficas, como o Conselho de Nomes Geográficos dos Estados Unidos, e hidrográficas, como a Organização Hidrográfica Internacional (OHI) usam “Golfo do México” como o nome oficial. Outros acordos internacionais estabelecidos pela Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar abrangem Estados Unidos, México e Cuba, e delimitam as fronteiras marítimas entre eles.
Atualmente, Estados Unidos e México compartilham este pedaço de terra e mar tanto para a navegação como para exploração econômica, respeitando cada um suas próprias fronteiras: “829 mil metros quadrados do Golfo do México são zona econômica exclusiva mexicana, enquanto os EUA possuem 662 mil", explica um artigo do jornal espanhol “El País” sobre o tema.