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EUA e China selam acordo para redução de tarifas comerciais por 90 dias

As tarifas serão reduzidas em mais de 115 pontos percentuais de ambos os lados

Publicada em 12/05/25 às 09:21h - 7 visualizações

por Kativa FM \\ InfoMoney


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Bandeiras dos EUA e da China 02/08/2022. REUTERS/Florence Lo/Illustration/File Photo  (Foto: Kativa FM \\ InfoMoney)

Os Estados Unidos e a China concordaram, nesta segunda-feira (12), em reduzir temporariamente as tarifas recíprocas, marcando um significativo alívio nas tensões comerciais entre as duas maiores economias do mundo.

As tarifas serão reduzidas em mais de 115 pontos percentuais de ambos os lados. As tarifas da China sobre produtos americanos cairão de 125% para 10%, enquanto os impostos dos EUA sobre as importações chinesas também serão reduzidos de 125% para 10%. No entanto, a China continuará a enfrentar uma tarifa adicional de 20% relacionada ao fentanil.

O avanço ocorreu após intensas negociações comerciais entre representantes dos EUA e da China, realizadas no fim de semana na Suíça.

As tensões entre China e Estados Unidos se intensificaram após o presidente Donald Trump anunciar, no mês passado, tarifas de 145% sobre produtos chineses. Em retaliação, Pequim impôs tarifas de 125% sobre uma série de bens americanos.

Após a adoção das medidas, Pequim e Washington estabelecerão um mecanismo para dar continuidade às discussões sobre as relações econômicas e comerciais. “Essas discussões poderão ser conduzidas alternadamente na China e nos Estados Unidos, ou em um terceiro país, mediante acordo entre as partes”, diz comunicado conjunto divulgado pelos dois países.

“Tivemos conversas muito produtivas e acredito que o local, aqui no Lago Genebra, acrescentou grande equanimidade ao que foi um processo muito positivo”, disse o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, em uma entrevista coletiva.

“Chegamos a um acordo para uma pausa de 90 dias e uma redução substancial dos níveis tarifários. Ambos os lados das tarifas recíprocas reduzirão suas tarifas em 115%”, disse Bessent.

Para o secretário do Tesouro dos EUA, ambos os países defenderam muito bem seus interesses. “Temos um interesse comum em um comércio equilibrado, e os EUA continuarão avançando nessa direção.”

O vice-primeiro-ministro chinês, He Lifeng, adotou um tom mais comedido em suas declarações, mas também reconheceu “avanços substanciais” após as conversas, que ocorreram na residência oficial do embaixador da Suíça junto às Nações Unidas, às margens do Lago Genebra.

Por outro lado, a mídia estatal chinesa tem buscado mostrar Pequim como vitoriosa nas negociações. “O que os EUA realmente precisam fazer neste momento é valorizar a boa vontade da China”, afirmou um comentário da agência estatal de notícias Xinhua, publicado após a conclusão das negociações no domingo. “Esse tipo de boa vontade e paciência tem limites e jamais será usado contra aqueles que nos reprimem e chantageiam sem trégua ou não hesitam em voltar atrás em sua palavra.”

Hu Xijin, ex-editor do jornal estatal Global Times, escreveu que a China “não cedeu um centímetro em termos de seus princípios”. “Acredito que esse ponto de virada é precisamente o resultado da coragem da China em lutar”, escreveu ele no microblog Weibo.

Pequim também reiterou que a necessidade de um acordo partia dos Estados Unidos, e não da China.

Leia na íntegra a declaração conjunta sobre a reunião econômica e comercial EUA-China em Genebra

O Governo dos Estados Unidos da América (os “Estados Unidos”) e o Governo da República Popular da China (“China”),

Reconhecendo a importância de suas relações econômicas e comerciais bilaterais para ambos os países e para a economia global;

Reconhecendo a importância de uma relação económica e comercial sustentável, a longo prazo e mutuamente benéfica;

Refletindo sobre as suas discussões recentes e acreditando que as discussões contínuas têm o potencial de abordar as preocupações de cada lado na sua relação económica e comercial; e

Avançando no espírito de abertura mútua, comunicação contínua, cooperação e respeito mútuo;

As Partes se comprometem a tomar as seguintes ações até 14 de maio de 2025:

Os Estados Unidos (i) modificarão a aplicação da taxa adicional ad valorem de imposto sobre artigos da China (incluindo artigos da Região Administrativa Especial de Hong Kong e da Região Administrativa Especial de Macau) estabelecida na Ordem Executiva 14257 de 2 de abril de 2025, suspendendo 24 pontos percentuais dessa taxa por um período inicial de 90 dias, mantendo a taxa ad valorem restante de 10 por cento sobre esses artigos, de acordo com os termos da referida Ordem; e (ii) removendo as taxas adicionais ad valorem modificadas de imposto sobre esses artigos impostas pela Ordem Executiva 14259 de 8 de abril de 2025 e pela Ordem Executiva 14266 de 9 de abril de 2025.

A China (i) modificará consequentemente a aplicação da taxa adicional ad valorem de imposto sobre artigos dos Estados Unidos estabelecida no Anúncio da Comissão de Tarifas Aduaneiras do Conselho de Estado nº 4 de 2025, suspendendo 24 pontos percentuais dessa taxa por um período inicial de 90 dias, mantendo a taxa adicional ad valorem restante de 10% sobre esses artigos e removendo as taxas adicionais ad valorem modificadas de imposto sobre esses artigos impostas pelo Anúncio da Comissão de Tarifas Aduaneiras do Conselho de Estado nº 5 de 2025 e pelo Anúncio da Comissão de Tarifas Aduaneiras do Conselho de Estado nº 6 de 2025; e (ii) adotará todas as medidas administrativas necessárias para suspender ou remover as contramedidas não tarifárias tomadas contra os Estados Unidos desde 2 de abril de 2025.

Após a adoção das medidas mencionadas, as Partes estabelecerão um mecanismo para dar continuidade às discussões sobre as relações econômicas e comerciais. O representante da parte chinesa para essas discussões será He Lifeng, Vice-Premiê do Conselho de Estado, e os representantes da parte americana serão Scott Bessent, Secretário do Tesouro, e Jamieson Greer, Representante Comercial dos Estados Unidos. Essas discussões poderão ser conduzidas alternadamente na China e nos Estados Unidos, ou em um terceiro país, mediante acordo entre as Partes. Conforme necessário, ambas as Partes poderão realizar consultas de trabalho sobre questões econômicas e comerciais relevantes.

Relembre a guerra comercial entre EUA e China

Antes do anúncio da trégua, as tarifas entre EUA e China haviam atingido os maiores níveis desde o início das disputas comerciais.

  • A escalada começou em abril, com a imposição de novas taxas pelo governo Trump a mais de 180 países, incluindo a China.
  • Inicialmente, os produtos chineses enfrentavam uma tarifa extra de 34%, além dos 20% já em vigor. Pequim reagiu imediatamente, impondo uma taxa equivalente sobre todas as importações americanas. A retaliação mútua desencadeou uma nova rodada de aumentos.
  • Em 8 de abril, Trump ameaçou elevar as tarifas em mais 50 pontos percentuais caso a China não recuasse. A resposta chinesa veio no dia seguinte, com a elevação das tarifas para 84%. Washington respondeu com novo aumento, levando a taxação sobre produtos chineses a 125%. No mesmo dia, Trump anunciou uma “pausa” nas tarifas para outros países, mas manteve a China como exceção.
  • No dia 10, a Casa Branca confirmou que a alíquota total sobre produtos chineses havia subido para 145%, ao considerar tarifas acumuladas.
  • Pequim reagiu em 11 de abril, igualando a alíquota total sobre produtos americanos para 125%.

Em meio às tensões, o Ministério do Comércio da China declarou que estava avaliando uma proposta americana para retomar o diálogo, mas exigiu que os EUA “demonstrassem sinceridade” e cancelassem as tarifas unilaterais.

Dias antes do acordo anunciado nesta segunda-feira (12), Trump chegou a classificar tarifas de 80% sobre importações chinesas como “razoáveis”, apesar de já terem ultrapassado esse patamar.

(Com Reuters e Washington Post)




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