Mesmo no outono, a expectativa é de temperaturas elevadas até o início de maio, situação que poderá se estender. Uma das características da onda de calor é a intensificação do ar de cima para baixo, inibindo a formação das nuvens de chuva e aumentando o calor.
A ausência de uma massa de ar frio forte o suficiente para gerar mudança nas condições do tempo deve manter o ar quente em grande parte do Brasil.
Para a Organização Mundial da Saúde (OMS), se configura uma onda de calor quando as temperaturas permanecem acima de 5ºC por mais de cinco dias seguidos.
Este cenário deve acontecer na faixa central e oeste do estado de São Paulo, noroeste do Paraná, em todo o estado do Mato Grosso do Sul, no triângulo Mineiro e sul de Goiás. Nessas regiões os termômetros podem superar os 35ºC.
Além de dias quentes, as madrugadas tendem a ficar abafadas em Mato Grosso do Sul, Paraná e oeste de São Paulo, por conta do escoamento do ar quente na virada de abril a maio.
No leste de São Paulo, Minas Gerais, Goiás e no Distrito Federal, as temperaturas devem ficar de 3ºC a 5ºC acima da média, mas, com temperaturas mínimas mais baixas devido ao ar seco.
A atenção vai para a amplitude térmica –distância entre a mínima e a máxima– que pode chegar a até 22°C de diferença. A Climatempo informa que os modelos meteorológicos indicam uma manutenção desse padrão até a primeira semana de maio.
Além da onda de calor, o centro-norte do Paraná, o estado de São Paulo –com exceção do litoral–, noroeste e triângulo Mineiro, sul de Goiás e centro-leste de Mato Grosso do Sul tem alertas para umidade relativa do ar abaixo dos 30%. A OMS estabelece como ideal a umidade entre 50% e 60%.
Em casos de exaustão ou insolação, é necessário procurar atendimento médico.